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arrumei as malas silenciosamente
coloquei dois vestidos, três sorrisos e um par de meias cor de rosa
juntei um vidro de perfume, um de lágrimas e um creme para cabelos secos
separei um par de sentimentos indefinidos para ler durante a viagem
fiz um apanhado de lembranças, lenços e fotos
precisei deixar um bocado de amor, boas amizades e algumas camisetas
dobrei minha calça jeans e uma saia vermelha
apertei minha jaqueta, meu coração e uma bota que quase não couberam
fechei minha mala silenciosamente
e ela está repleta de uma barulhenta saudade
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.. we chose to be together ..
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ninguem soube mas essa noite ela chorou
chorou de saudade
chorou de amor
chorou de solidão
chorou de tudo que sentia
ninguem soube mas essa noite ela sofreu
sofreu daquele aperto no peito
sofreu daquela cama vazia
sofreu daquele maldito futuro
sofreu daquela falta que só ele faz
ninguem soube mas essa noite ela desistiu
desistiu de poder o ter
desistiu de amar
desistiu de tudo ou talvez só
desistiu de respirar.
ninguem soube mas essa noite ela chorou
chorou de saudade
chorou de amor
chorou de solidão
chorou de tudo que sentia
ninguem soube mas essa noite ela sofreu
sofreu daquele aperto no peito
sofreu daquela cama vazia
sofreu daquele maldito futuro
sofreu daquela falta que só ele faz
ninguem soube mas essa noite ela desistiu
desistiu de poder o ter
desistiu de amar
desistiu de tudo ou talvez só
desistiu de respirar.
. you're my awesome .
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foram dos teus olhos mareados de uma saudade que não mais me pertencia que surgiram estas ondas tsunamicas nos meus lábios
foi teu beijo matutino que despertou aquela criança descobridora dos pequenos mundos das pétalas de coloridas flores que outrora brindava chá com sapos e princesas
foram tuas mãos de castanhola de despedida que roubaram o silêncio deste corpo calmo pousado no jardim de inverno a espera doutro sol primaveril
foram teus passos esquivos ao anoitecer que me guiaram para o atalho daquele reino que dantes fechou os portões no meio da derradeira sangrenta batalha
foram tuas sussurradas palavras que me fizeram acreditar que flores podem dançar mesmo depois que o sol vai embora
e foram essas tuas malditas palavras com as quais aprendi a duvidar que flores não gostam dos nublados dias de outono
pois foi tu, ó cruel realidade tardia, tu que mal traduziste minúsculos sentimentos perdidos que não poderiam renascer agora
.
4d.
foram dos teus olhos mareados de uma saudade que não mais me pertencia que surgiram estas ondas tsunamicas nos meus lábios
foi teu beijo matutino que despertou aquela criança descobridora dos pequenos mundos das pétalas de coloridas flores que outrora brindava chá com sapos e princesas
foram tuas mãos de castanhola de despedida que roubaram o silêncio deste corpo calmo pousado no jardim de inverno a espera doutro sol primaveril
foram teus passos esquivos ao anoitecer que me guiaram para o atalho daquele reino que dantes fechou os portões no meio da derradeira sangrenta batalha
foram tuas sussurradas palavras que me fizeram acreditar que flores podem dançar mesmo depois que o sol vai embora
e foram essas tuas malditas palavras com as quais aprendi a duvidar que flores não gostam dos nublados dias de outono
pois foi tu, ó cruel realidade tardia, tu que mal traduziste minúsculos sentimentos perdidos que não poderiam renascer agora
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4d.
.dos quereres.
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Queria te escrever uma carta, daquelas longas e apaixonadas. Daquelas cartas que tu espera que não tenham fim, com imensas frases que se concretizam no olhar.
Queria escrever também um bilhetinho de amor. Sabe aqueles que tu acha sem querer na carteira e passa o dia todo sorrindo por qualquer besteira que aconteça?
Queria deixar meus lábios no teu espelho antes de tu acordar. Aquele beijo rosado de quem se arrumou escondido pra não incomodar.
Queria me acomodar nos teus braços, me encaixar nas tuas pernas e só ouvir teu ronronar. Sabe aquelas respirações fortes de quem está cansado de amar?
Queria era amassar a camisa, rasgar a toalha e queimar a mão só pra te fazer um jantar. Sabe aqueles de dançar cortando legumes enquanto beberica um vinho e um beijo?
Queria deitar na grama do domingo e contar da infância que não passamos juntos, dos problemas que não enfrentamos e dos amores que nos desfizemos.
Queria mesmo era ter tua vida na minha, daquelas longas e apaixonadas. Sabe aquelas vidas que tu espera que não tenham fim? Daquelas com imensas frases que se escrevem apenas com um olhar.
Sim, no final das contas era só isso que eu queria.
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Queria deixar meus lábios no teu espelho antes de tu acordar. Aquele beijo rosado de quem se arrumou escondido pra não incomodar.
Queria me acomodar nos teus braços, me encaixar nas tuas pernas e só ouvir teu ronronar. Sabe aquelas respirações fortes de quem está cansado de amar?
Queria perder meu esmalte vermelho nas tuas costas, devagarinho que é pra não marcar, mas o suficiente pra tu olhar durante o dia e sorrir.
Queria era amassar a camisa, rasgar a toalha e queimar a mão só pra te fazer um jantar. Sabe aqueles de dançar cortando legumes enquanto beberica um vinho e um beijo?
Queria deitar na grama do domingo e contar da infância que não passamos juntos, dos problemas que não enfrentamos e dos amores que nos desfizemos.
Queria mesmo era ter tua vida na minha, daquelas longas e apaixonadas. Sabe aquelas vidas que tu espera que não tenham fim? Daquelas com imensas frases que se escrevem apenas com um olhar.
Sim, no final das contas era só isso que eu queria.
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.So now I'm going.
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Lá vinha ela com a bacia cheia de biscoitos de leite e uma jarra de suco.
Sentava na sua cadeira a espera de todas os olhares infantis.
Tricotava em silêncio lembranças que aqueciam nossas noites de inverno.
Recebia beijos e trocava-os por sorrisos.
Contava dos tempos que navios traziam sonhos, que piratas não desciam em madeira parada.
Deixava-nos por horas distraídos com um mundo irreal, antigo e utópico.
Com cavaleiros, princesas e tigres voadores.
Com fadas, camelos e janelas coloridas.
Dizia dos amores que começavam uma guerra.
E das guerras que acabavam por amor.
Eram tantas outras dores que a gente não sabia.
Eram tantas outras histórias que nos preenchiam.
A avó de todos, ao balançar seus cabelos brancos no fim de tarde, criava pessoas famintas de aventura em lugares distantes e terras inexploradas.
E ao se despedir, nos afagava:
Não deixem a distância diminuir o sorriso.
Há sempre uma felicidade escondida em cada suspiro de saudade.
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Lá vinha ela com a bacia cheia de biscoitos de leite e uma jarra de suco.
Sentava na sua cadeira a espera de todas os olhares infantis.
Tricotava em silêncio lembranças que aqueciam nossas noites de inverno.
Recebia beijos e trocava-os por sorrisos.
Contava dos tempos que navios traziam sonhos, que piratas não desciam em madeira parada.
Deixava-nos por horas distraídos com um mundo irreal, antigo e utópico.
Com cavaleiros, princesas e tigres voadores.
Com fadas, camelos e janelas coloridas.
Dizia dos amores que começavam uma guerra.
E das guerras que acabavam por amor.
Eram tantas outras dores que a gente não sabia.
Eram tantas outras histórias que nos preenchiam.
A avó de todos, ao balançar seus cabelos brancos no fim de tarde, criava pessoas famintas de aventura em lugares distantes e terras inexploradas.
E ao se despedir, nos afagava:
Não deixem a distância diminuir o sorriso.
Há sempre uma felicidade escondida em cada suspiro de saudade.
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.I know I screwed up. But we can still make it.
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dói como carne rasgada
arde como fogo inesperado
amarga como amanhecer nas coxilhas
escurece como velas finadas
corta como metal enferrujado
quebra como promessas da madrugada
e é só vontade
e é só saudade
e e só falta de coragem
.
4.
dói como carne rasgada
arde como fogo inesperado
amarga como amanhecer nas coxilhas
escurece como velas finadas
corta como metal enferrujado
quebra como promessas da madrugada
e é só vontade
e é só saudade
e e só falta de coragem
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4.
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