It's easier when I am alone but, I get so lonely without you.

Depois de algum tempo, chega aquele dia crucial que tu resolve subir um passo no relacionamento.
Tu entende que já passou um certo tempo dos pequenos descobrimentos e que as vidas, que estão seguindo esses caminhos paralelos, podem ser um pouco mais entrelaçadas.
Dai, por insegurança mesmo, tu passa uns dias treinando todas aquelas coisas que tu sempre quis dizer mas não disse porque ainda não era o momento devido, não era o tempo correto, não era a lua certa de compartilhar tua história assim, tão abertamente assim tão subtamente.
Não era.
Ainda não é.
Mas tu faz que seja por que tu quer que seja agora.
Internamente tu coloca um ponto final no meio da frase e resolve ser poeta da própria vida.
Repete tua própria história mil vezes, em diversas cores, diferentes contextos e milhares de olhares, como se tu quisesse te desvendar pra poder te explicar melhor.
Revive todos os momentos importantes que fermentaram essa característica tão exclusivamente tua.
Relembra cada exato segundo que as maiores cicatrizes da tua história se rasgaram na tua pele.
Repensa todas tuas incertas escolhas que te fizeram chegar até aqui.
Reedita cenas pornograficamente censuradas e sentimentos evitados.
Então lá vai tu seguir esse trilho, vai pra luta da vida com tua vida sem escudos.
Entra numa guerra que tu não quer ganhar.
Entra numa guerra que tu quer compartilhar.
E em menos de cinco minutos tu lembra que há certas coisas que não precisam ser ditas.
Ou porque são irrelevantes ou porque são tão relevantes que já não fazem mais nenhuma diferença.
No amor, na dor e na guerra, a história que se carrega é só apenas mais uma história que se carrega.

Saudade.

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