Do nada, ela me aborda no corredor dos pães dizendo rápida com uma respiração quase sufocada:
- Amanhã eu quero: sexo, chocolate, abraço apertado e Heineken. E o que você quer amanhã?
Com uma quase desconhecida, a única coisa que pensei em dizer foi:
- Amanhã eu quero: que meus amigos voltem a ser o que éramos há 20 anos atrás, mas com o que somos hoje.
Ela me olhou desconfiada e disse quase braba:
- Você complica tudo. Você tem que ser mais exata.
Virou-se e seguiu até os biscoitos.
E minha maior dor é que ela saiu pelo corredor sem nunca enteder em tudo que eu precisava dizer naquela minúscula frase.
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